Eles querem a
continuidade das atividades da autarquia
Um democrático debate foi promovido por alunos e professores do Immes(Instituto Matonense Municipal de Ensino Superior) com a participação popular durante a sessão ordinária da segunda-feira(24). Sem respostas quanto ao futuro da instituição que não pode fazer vestibular até que tenha sua situação jurídica resolvida, os estudantes de Direito e Administração buscaram auxílio dos vereadores junto ao Executivo e esclareceram a carta aberta à sociedade cujo teor evidencia os impasses sofridos nos últimos anos.
O Conselho
Estadual de Educação decidiu não permitir o funcionamento do Immes como
autarquia municipal diante da continuidade da cobrança de mensalidade. Dentre
as manifestações o presidente do Diretório Acadêmico(DA), Edson Pereira representou
os colegas. “Desde o começo a posição dos vereadores é a mesma: eles são a
favor do Immes e estão do nosso lado. Gostaria de estar vindo aqui hoje
representando os alunos pra dizer muito obrigado, parabéns a todos porque nós
conseguimos. Mas, infelizmente a nossa situação é a mesma do ano passado e
estamos na berlinda. A criação do Immes, enquanto autarquia, enquanto instituto
de ensino, nos moldes em que foi criado é realmente espetacular e a prova disso
são os resultados. Porém, o Conselho não quer que continuemos como somos. Temos
reconhecimento na região, no Estado e no Brasil e ainda somos alvo de
chacota na própria cidade. Não haverá vestibular até que o impasse jurídico
seja resolvido. Não vamos abrir mão do Immes, não vamos permitir seu
sucateamento ou dilapidação. Não vamos permitir que a sociedade fique a parte
do que esta acontecendo e a carta aberta que foi encaminhada esclarece todo o
processo pelo qual passamos. Ao final da carta realmente o que sobra são
dúvidas. Pedimos a atuação da Câmara junto ao Immes, ao Executivo e Conselho.
Nós fizemos o primeiro lugar de ensino da região, o quarto lugar municipal do
Estado e o sexto lugar do Brasil. Isso não basta?”
Para o professor Marcelo Rios, coordenador do curso de Administração, as alternativas para o futuro do instituto perpassam por medida emergencial. “Esse é um movimento dos alunos, a carta que foi entregue ao poder público e à comunidade civil foi em resposta a informação que não abriríamos vestibular. De fato, hoje não temos como abrir vestibular. Cabe lembrar que a direção do Immes já deixou prontos os projetos de lei para o caminho que o prefeito Adauto decidir. O estatuto da possível Fundação já está pronto e é salutar por manter a ótima estrutura. Mas, o tempo está no limite e uma alternativa é promover um acordo coletivo com a comunidade do Immes ao ponto de municipalizar, isto é, gratificar as mensalidades por um período onde conseguíssemos convalidar os atos perante o Conselho Estadual de Educação e aí sim ir para uma Fundação. Independentemente de qualquer caminho tomado precisamos desse tempo para poder convalidar os atos dos nossos alunos, pois se a gente não conseguir fazer isso não vai ter vestibular, e uma vez não tendo vestibular não teremos alunos o ano que vem. Percebam a instabilidade gerada. Foi falado da situação de Taquaritinga e Ibitinga e nossas co-irmãs já resolveram o problema delas, o que nós queremos no Immes é resolver o nosso. O telefone não para de tocar porque têm aluno querendo estudar no Immes e temos duas turmas deficitárias nos cursos. As outras instituições estão interessadas em levar os alunos o que seria o fim do Immes.”